UE apoiará estímulo às energias renováveis
Os chefes de Estado e de governo da União Européia (UE) apoiarão nessa semana no Conselho Europeu uma ambiciosa estratégia contra a mudança climática, que inclui objetivos de redução das emissões de gases que intensificam o efeito estufa e de estímulo às energias renováveis.

Com esse pacote de medidas, apresentado em janeiro pela Comissão Européia (CE, órgão executivo do bloco europeu), a UE pretende reafirmar sua liderança no combate ao aquecimento global, diante das negociações de um futuro acordo internacional pós-Protocolo de Kyoto.

Entre outros elementos, as propostas incluem a revisão do sistema europeu de comércio de emissões, e a carga que cada país deverá assumir nos próximos anos para reduzir a emissão de CO2 procedente de setores como transportes, agricultura e habitação.

Os líderes da União Européia deixarão claro na sexta-feira que consideram as propostas da Comissão Européia "uma boa base", mas não devem chegar a discutir os futuros esforços de cada país, o que será objeto de longas e complexas negociações ao longo do ano, segundo fontes diplomáticas espanholas.

No entanto, os chefes de Estado e de Governo podem se comprometer a chegar a um acordo sobre a distribuição dessas cargas até o fim do ano, o que permitiria ir com uma posição comum forte à conferência da ONU em Copenhague de 2009, onde se tentará concluir um pacto global contra a mudança climática.

Todos os países-membros da União Européia apóiam os objetivos do Executivo europeu, mas a maioria espera obter uma redução no corte de emissões de CO2, ou outro tipo de compensação pelos esforços que deverá realizar.

Segundo as fontes, a maioria dos países não está disposta a apenas aceitar as obrigações colocadas pela Comissão Européia. Por isso, nesta cúpula de primavera (hemisfério norte), muitos tentarão incorporar às propostas "critérios orientativos" que os beneficiem.

Nas diretrizes de sua política energética, a UE se compromete a reduzir suas emissões em pelo menos 20% até 2020, em relação aos níveis de 1990, com a possibilidade de aumentar essa taxa para 30%, se houver um acordo no mesmo sentido no âmbito dos países desenvolvidos.

Outro assunto a ser abordado esta semana é como evitar que os planos previstos se traduzam em uma desvantagem competitiva para a indústria européia ou estimulem a transferência de fábricas para locais com uma legislação ambiental menos estrita.

Por isso, a proposta da Comissão Européia prevê a possibilidade de aplicar determinadas medidas, se não for possível um acordo global contra a mudança climática.

Na área das energias renováveis, o Conselho Europeu apoiará os planos para aumentar o consumo desse tipo de energia e dos biocombustíveis. Em um "roteiro" sobre as energias renováveis, a Comissão Européia estabeleceu que o setor energético limpo deve representar 20% do consumo total no bloco até 2020, além da determinação da meta mínima de 10% para o uso de biocombustíveis.

O custo das medidas incluídas no pacote sobre energia e mudança climática será de mais de 66 bilhões de euros até 2020, mas o Executivo europeu garante que ficar de braços cruzados sairia muito mais caro à UE.

Data: 14/03/2008
Fonte: EFE



 
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